A água, como fórmula química H2O, é elemento fundamental para a vida humana. Desde os primórdios até os dias de hoje, o homem necessita e depende do uso diário da água para sua subsistência.
Nas Sagradas Escrituras, a água é considerada símbolo de purificação (cf. Sal 51,4; Jo 13,8) e de vida (cf. Jo 3,5; Gal 3,27). Como dom de Deus, a água é instrumento vital, imprescindível para a sobrevivência e, portanto, um direito de todos (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 484).
Contudo, a água, quando abençoada, passa a ter um sentido também espiritual. No Ritual Romano da celebração das bênçãos, diz que, com a bênção da água, recordamos Cristo, que é a Água Viva, e o sacramento do batismo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo. Por isso, sempre que formos aspergidos com essa água ou nos benzermos com ela, ao entrar na igreja ou dentro das nossas casas, demos graças a Deus pelo seu dom inestimável e imploremos o Seu auxílio para que, na nossa vida, sejamos fiéis.
A água benta não é uma espécie de mágica ou superstição para quem a utiliza, pelo contrário, ela é uma eficaz forma de se chegar às realidades espirituais, por meio de sinais sensíveis e visíveis, que, no caso da água benta, se denomina como sacramental e santificada para as diversas circunstâncias da vida.
O sentido da água benta, portanto, não é uma representação imaginária, mas sim um sinal concreto e efetivo utilizado com fé e piedade pelo povo de Deus.
Para os católicos, “segundo um costume muito antigo, a água é um dos símbolos que a Igreja usa com frequência para abençoar os fiéis. A água ritualmente benzida evoca nos fiéis o mistério de Cristo, que é para nós a plenitude da bênção divina. Ele próprio Se apresentou como água viva e instituiu para nós o batismo, sacramento da água, como sinal de bênção salvadora” (Ritual Romano – Celebração das bênçãos, n.1085).
Fonte: Canção Nova - Padre Márcio Leandro Fernandes